Com menos de dois meses após assumir o governo da Argentina, Javier Milei enfrentou, na última quarta-feira (24), uma greve geral contra as reformas ultraliberais no país. Uma multidão ocupou as ruas do centro de Buenos Aires em frente ao Congresso Nacional. Na próxima terça-feira (30), os deputados devem votar um pacotão de leis apelidado de “lei ônibus”.
O projeto pretende desregulamentar a economia e cortar gastos públicos, abrindo caminho para a privatização de 40 empresas estatais. O ato, que ocorreu na última quarta-feira, fez parte da greve geral que paralisou os principais setores no país, como serviços públicos, bancos, aeroportos e indústria. Os voos que sairiam do Brasil para Buenos Aires foram cancelados pelas companhias aéreas.
A polícia municipal afirmou que o protesto reuniu cerca de 130 mil pessoas, já o governo citou 40 mil manifestantes. A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) organizadora do evento divulgou que foram 600 mil pessoas presentes no ato. A paralisação foi convocada há semanas e era contra a “lei ônibus” e também um decreto presidencial de urgência que contava com 366 artigos, impondo uma série de reformas liberais no país.






