O Comitê das Nações Unidas (ONU) para os Direitos da Criança acusou Israel de violar o Tratado Global dos Direitos da Criança em suas ações na Faixa de Gaza. O comitê, que monitora o cumprimento da Convenção sobre os Direitos da Criança, apontou que as operações militares israelenses na região resultaram em um número alarmante de mortes e ferimentos entre crianças palestinas, além de graves violações de seus direitos fundamentais.
Segundo o relatório do comitê, as ofensivas israelenses em Gaza, particularmente durante os confrontos mais recentes, expuseram crianças a bombardeios e ataques aéreos, além de destruir infraestruturas essenciais como escolas, hospitais e áreas residenciais.
A ONU destaca que essas ações comprometem o direito das crianças à vida, à segurança, à educação e à saúde, direitos assegurados pela Convenção que Israel ratificou em 1991. Milhares de crianças palestinas já morreram ou ficaram feridas nos últimos anos devido a ataques, e muitas outras sofrem com o deslocamento forçado e a pobreza extrema.
Israel, por sua vez, argumenta que suas ações militares são parte de sua estratégia defensiva contra ataques de grupos militantes, como o Hamas, que operam a partir da Faixa de Gaza.
As autoridades israelenses acusam esses grupos de usar áreas civis, incluindo escolas e hospitais, como bases para lançar foguetes contra Israel, colocando em risco a própria população local.
A acusação do comitê da ONU eleva as pressões internacionais sobre Israel para revisar suas táticas militares na região e garantir a proteção das crianças em Gaza. A situação chama a atenção global para a necessidade urgente de uma solução diplomática para o conflito, que possa pôr fim à violência e proteger os direitos das populações mais vulneráveis.
Henrique Mourão