Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro contou com senadores e deputados que escutaram o depoimento de Argino Bedin, empresário do agronegócio suspeito de financiar os atos antidemocráticos. Ao todo foram mais de 8 horas entre depoimentos e falas dos parlamentares, Bedin ficou em silêncio.
Argino Bedin é um dos investigados como financiador dos atos criminosos que ocasionaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal. Atualmente é sócio de inúmeras empresas e, em dezembro de 2022, foi alvo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), O pedido de convocação da testemunha foi apresentado pelo deputado Carlos Veras (PT-PE).
No dia 8 de janeiro deste ano cerca de quatro mil pessoas marcharam em direção à Praça dos Três Poderes e invadiram prédios e instalações do governo federal, com intuito de deixar o comando do Brasil para Jair Bolsonaro, atualmente Bolsonaro está inelegível em votação realizada em junho pelo Tribuna Superior Eleitoral (TSE).
Os invasores subiram a rampa do Congresso Nacional, primeiramente entrando no próprio, além de invadirem o Supremo Tribunal Federal, adentrando a sala do Alexandre de Moraes, posteriormente a Sede do Poder Executivo e o Palácio do Planalto, o ato foi respondido pelo exército brasileiro com helicópteros e outros equipamentos para dispersarem a multidão.
De acordo com a CNN “Alexandre de Moraes bloqueou a conta do empresário, de outras nove pessoas e 33 empresas, numa investigação pelo financiamento dos atos que fecharam rodovias em todo o Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais”. O episódio das rodovias bloqueadas também ficou conhecido quando torcidas organizadas de futebol liberaram algumas pistas dos manifestantes de diversos estados no atualmente chamado de “fura bloqueio”.
Já na reta final da CPMI, diversos senadores e deputados tiveram voz para falar, no dia 05/10 o subtenente do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal, Beroaldo José de Freitas Júnior vai depor na capital federal, o policial estava anteriormente na defesa contra as invasões em Brasília no dia 08 de janeiro.