É possível observar as sequelas deixadas pela escravidão em diversos momentos da vida da população negra brasileira. Atualmente, muito tem se falado sobre a importância do antirracismo na contribuição da reparação e pela almejada igualdade. Neste sentido, provocar a autorreflexão através da literatura pode ser uma forma de ajudar com este cenário.
Jester Furtado usa a literatura infantojuvenil para entrar nos lares e fazer provocações a respeito de temas importantes, como a reprodução do racismo e a solidão da mulher negra. Em seu primeiro livro, intitulado “Joaquim, Negra Sim”, o autor conta a história de um garoto que vive sua primeira paixão escolar e, ao mesmo tempo, precisa lidar com o racismo enraizado num diálogo com o tio dentro de casa.
O livro foi lançado em março na BIP e nesta sexta-feira (12), ganha uma roda de conversa no Palácio do Estudante em Curitiba. Além do autor, o evento também contará com a presença da socióloga e especialista em Gênero e Diversidade, Andressa Ignácio.
“O livro surge da necessidade de falar sobre esse menino negro empoderado e inverter a lógica que vemos muitas vezes na televisão – aquela que enfatiza o garoto negro marginalizado, com tendência para o crime e sem perspectiva. Joaquim fala sobre autoestima e segurança, ele tem pai e mãe negros que têm consciência dessa negritude e isso faz toda diferança”, afirma Jester.
Serviço
Roda de conversa com Jester Furtado e Andressa Ignácio
Endereço: Presidente Carlos Cavalcanti, 115 – Palácio dos Estudantes, Casarão UPE
Horário: 19h