A história de vida da Gerliane Cabral Moreira, de 42 anos, se tornou uma inspiração para outras mulheres. Como? Ela é inteligente, toma decisões desafiadoras e é multipotencial. Ao longo de sua vida e carreira, foi descobrindo e construindo caminhos que a levaram a ser, hoje, uma analista judiciária e educadora financeira. Até chegar a esse lugar, ela teve dúvidas e questionamentos. “Eu estava vivendo só pra mim e queria muito mais, eu queria sair do casulo e voar”, explica Gerliane.
Aos 23 anos, ela se formou em Direito e era funcionária do Banco do Brasil, em Marabá (PA). Após se casar, atuou na superintendência regional do Banco e, em seguida, se mudou para Belém, capital do estado. Depois de um tempo, foi chamada em um concurso que passou no Tribunal de Justiça, atuando em áreas como direito do consumidor, vara cível, vara da infância e juventude e, por muitos anos, atuou na área de violência doméstica e Fazenda pública. Atualmente, trabalha na área criminal. “Como você pode ver, minha formação é muito eclética, como eu mesma me sinto multipotencial”, destaca.
O interessante é que, apesar de ter saído do setor bancário, Gerliane nunca deixou de gostar da área financeira. Mesmo com toda dedicação para passar em concursos, se viu com problemas de saúde e decidiu expandir sua atuação. “Me sentia presa em uma gaiola e queria expandir meu potencial, desenvolver habilidades. Foi aí que encontrei a Rani, minha mentora”, detalha. Após meses, Gerliane decidiu voltar às origens: começou um mestrado em Economia e se mudou para Brasília.
Hoje, ela usa sua experiência e conhecimento para ajudar outras mulheres a encontrarem seus caminhos. Inclusive, acredita que ter passado tantos anos atuando com mulheres vítimas de violência doméstica contribuiu para que ela visse o peso que a dependência financeira tem nos cenários de violência vividos por mulheres no Brasil.
“A nossa história é de muita luta e dependência, e eu acho lindo demais quando consigo, de alguma forma, ajudar uma outra mulher a se libertar, seja de outras pessoas, seja de seus próprios pensamentos limitantes. Somos capazes de FAZER dinheiro e essa capacidade, quando colocada em prática, nos faz intensamente inteligentes, produtivas e realizadas”, finaliza.
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