Tratamento Paliativo consiste nos cuidados para pacientes com doenças que não tem cura ou que ameace a vida, visando os aspectos físicos, psicólogos, espirituais e sociais aplicados por uma equipe multidisciplinar. Podem começar com o início do tratamento para a doença com objetivos do manejo da dor e efeitos colaterais da doença e do tratamento, proporcionando qualidade de vida para pacientes e familiares. Na fase terminal o tratamento paliativo torna-se exclusivo e é essencial para garantir conforto e dignidade ao paciente.
Esse é o caso de Maria Laisa, de 57 anos, professora de Educação Física. Ela é paciente paliativa desde o ano de 2012, e tem câncer de cólon (primário) com metástases no peritônio, ossos, pulmões e mediastino. Maria Laisa conta que quando recebeu o diagnóstico do câncer em 2012 o médico que a atendia, “brincou de Deus e disse que eu teria em torno de 5 anos de ‘sobrevida’ e já estou completando 10!” afirma. Foi no ano de 2016 que após uma recidiva (retorno do câncer), depois de um período de remissão (tempo em que os sinais ou sintomas do câncer estão ausentes) Maria Laisa optou em mudar de acompanhamento médico e passou a se tratar com a Dra. Ana Cléa no Instituto de Oncologia do Paraná (IOP). Foi aí que ela se descobriu uma paciente paliaAtiva como costuma dizer. “Sou paciente paliAtiva e não paciente terminal. Faço o tratamento para o câncer com os cuidados paliativos: nutricionista, psicóloga, médico e conforme necessidade, dentista, fisioterapeuta, fono, além de terapias alternativas como florais, meditação, yôga, acupuntura e caminhadas” afirma. Ela utiliza o termo paliAtiva, pois, segundo ela, está vivendo “em movimento e mesmo já tendo feito mais de 100 quimioterapias, vários protocolos de tratamentos, muitas cirurgias e atualmente estar com progressão, não deixou ou deixa de viver, amar e realizar sonhos”.
Maria Laisa ressalta a necessidade da sociedade e dos meios de comunicação em mudar os termos quando se referir a uma pessoa que se encontra em tratamento para o câncer. O uso de palavras bélicas, tais como batalhadora ou lutadora, por exemplo, coloca a responsabilidade da cura da doença sobre a própria pessoa. Nesse sentido, sugere “aconselhar, olhar nos olhos, ouvir mais, se oferecer para ajudar, dizer que deseja melhoras, o quanto a admira, convidar para um café ou outra coisa que a pessoa goste e, por fim, deseje vida Vivida para ela”.
São esperados mais de 700 mil casos de câncer no Brasil
O Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA) divulgou, no início de fevereiro, uma previsão assustadora: são esperados cerca 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Esses números representam a necessidade em buscar orientação para terceiros ou si mesmo (a) do diagnóstico precoce. Por isso, previna-se e faça sempre o autoexame.
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