Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes, delatou o ex-deputado estadual Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato. Brazão também era conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. As novas informações em torno da investigação da morte de Marielle foram divulgadas pelo Intercept Brasil.
Preso desde 2019 pelo crime, Ronnie Lessa fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal na semana passada e se comprometeu a revelar novos detalhes do caso. Porém, o acordo ainda deverá ser homologado pelo Supremo Tribunal de Justiça. Ainda em 2019, Brazão foi formalmente acusado pela Procuradoria-Geral da República por obstruir as investigações. Na época, ele estava entre um dos suspeitos.
A principal hipótese é de que Domingos Brazão tenha arquitetado o atentado contra Marielle Franco em forma de vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo, filiado ao PSOL na época em que ocorreu o crime. Além disso, como deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Brazão também teve disputas políticas com Freixo. Marielle esteve ao lado de Freixo, trabalhando com ele durante 10 anos, até ser eleita vereadora, em 2016.






