A Suécia confirmou nesta quinta-feira (15) seu primeiro caso de mpox, doença que recebeu esta semana o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Tivemos a confirmação durante a tarde de que temos um caso na Suécia do tipo mais grave de mpox, aquele chamado Clado I“, disse o ministro da Saúde do país, Jakob Forssmed, em uma entrevista coletiva.
A nova variante que está preocupando a OMS faz parte justamente desse clado (Clado Ib) e parece estar se espalhando mais facilmente por meio de contatos próximos rotineiros, como é o caso entre crianças.
A Suécia, contudo, não confirmou se o novo clado é especificamente esse que está relacionado com a rápida propagação da mpox que vem acontecendo no acontecendo no continente africano, em especial na República Democrática do Congo (RDC), país que vem registrando somente este ano quase 14 mil casos, incluindo 450 mortes.
Se confirmada, esta seria a primeira vez que o Clado Ib é identificado fora do continente africano.
Além do Clado Ib, contudo, existem mais outras três variantes reconhecidas do vírus: o Clado Ia, presente na Bacia do Congo, com mortalidade de até 10%, transmitido principalmente por roedores e com pouca propagação entre humanos; o Clado IIa, que ocorre na África Ocidental, com baixa mortalidade; e o Clado IIb, que provocou o surto de 2022 no Brasil e em outros países do mundo.
Os cientistas ainda desconhecem a causa genética das diferenças na virulência (sua capacidade de produzir casos graves e fatais) e transmissão desses vírus.
Também não está claro se essas mudanças são resultado apenas de fatores comportamentais e ambientais ou se o vírus da mpox está se adaptando a um novo hospedeiro.