Em uma reviravolta eleitoral inesperada, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular emergiu como a maior força política na nova legislatura da França, conquistando 182 assentos. Apesar da vitória, o bloco liderado pelo partido França Insubmissa enfrenta o desafio de formar uma maioria parlamentar para governar, tendo em vista que os 289 assentos necessários para isso não foram alcançados.
O segundo turno das eleições legislativas, marcado por uma participação robusta de quase 60% dos eleitores, revelou um cenário político fragmentado, com a coalizão governista de centro, Juntos, conquistando 168 assentos, e a Reunião Nacional de extrema direita garantindo 143 assentos, um crescimento significativo em relação ao pleito anterior. A necessidade de alianças entre as forças de esquerda e centro agora se torna crucial para a estabilidade política no país.
Após o revés eleitoral, o primeiro-ministro Gabriel Attal, do partido Juntos, anunciou sua disposição de renunciar, deixando nas mãos do presidente Emmanuel Macron a responsabilidade de indicar um novo chefe de governo diante do novo panorama político francês, onde a formação de coalizões será determinante para os rumos futuros da legislação e governabilidade.
Bruna Campestre