O Conselho de Ética do União Brasil decidiu, nesta terça-feira (25), expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. A medida ainda será analisada pela Executiva Nacional, que deve se reunir até 8 de dezembro para dar a palavra final. Sabino participou da reunião acompanhado de seu advogado, mas disse que não irá comentar o caso.
O processo contra o ministro começou em outubro, quando ele foi acusado de desrespeitar orientações da sigla. O União Brasil havia determinado que seus filiados deixassem cargos no governo Lula até setembro, sob risco de serem enquadrados por infidelidade partidária. Sabino chegou a entregar uma carta de demissão ao presidente, mas recuou e decidiu permanecer no governo.
Além de recomendar a expulsão, o conselho aprovou a dissolução do diretório do partido no Pará, que era comandado pelo próprio Sabino. Uma comissão provisória será nomeada para assumir a liderança local enquanto a situação é reavaliada.
A crise interna envolveu diversas pressões da bancada do partido na Câmara e do presidente nacional da sigla, Antonio Rueda. Aliados afirmavam que Sabino tentava ganhar tempo para permanecer no governo até o período de descompatibilização eleitoral do próximo ano.
Com a decisão unânime do Conselho de Ética, o destino político de Sabino agora depende da Executiva Nacional. Até lá, o ministro segue no cargo e sem pronunciamento oficial sobre a possível expulsão.






