A possível volta do horário de verão no Brasil reacende um debate antigo que polariza opiniões. Originalmente implementado com o intuito de economizar energia elétrica, o horário de verão consistia em adiantar os relógios em uma hora durante os meses de outubro a fevereiro, aproveitando o maior período de luz solar no final do dia.
Em 2019, o governo federal decidiu abolir a medida, alegando que os benefícios energéticos já não justificavam sua continuidade. A decisão atual da volta será do presidente Lula, segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Agora, a ideia de reinstaurar o horário de verão surge em um cenário diferente, o contexto atual, de alta nos preços de energia e crise hídrica, traz de volta o argumento de que o adiantamento dos relógios poderia aliviar a demanda por eletricidade, reduzindo o consumo durante os horários de pico, especialmente em setores comerciais e residenciais.
A mudança também poderia impactar o mercado de trabalho e o turismo, setores que se beneficiam com dias mais longos, impulsionando atividades ao ar livre e o comércio local.
Por outro lado, críticos apontam que o horário de verão não resulta mais em uma economia tão significativa quanto antigamente, principalmente devido às mudanças no perfil de consumo de energia e à maior participação de fontes renováveis, como a solar e a eólica.
Além disso, o impacto no bem-estar da população, que envolve a adaptação ao novo horário, é um fator levantado por especialistas em saúde. Estudos mostram que mudanças bruscas no relógio biológico podem influenciar o sono e a produtividade de muitas pessoas.