A curitibana Rosana Paciornik, está deixando sua marca na indústria ao unir arquitetura e neurociência para criar espaços verdadeiramente inclusivos e voltados para o bem-estar, especialmente para aqueles no espectro autista. “Sou autista, esposa, mãe, arquiteta e autodidata. Aplico a Neurociência na arquitetura para transformar ambientes em lugares com bem-estar e inclusão”, diz Rosana.
Uma profissional visionária que tem como missão criar espaços onde a inclusão seja a palavra de ordem. Com 49 anos e uma carreira marcada por superações, ela é uma força impulsionadora na busca por ambientes que atendam às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Com formação em arquitetura e urbanismo, design de interiores, além de especializações em marketing, análise do comportamento e neurodesenvolvimento, Rosana é uma autodidata e diz que o seu hiperfoco ajuda muito com seus estudos. Com o conhecimento da Neurociência, aliada à sua paixão pela arquitetura, levou à criação da metodologia ARQTEA. “Percebi que muitas ferramentas da arquitetura e da neurociência poderiam transformar espaços em lugares de conforto para pessoas com o transtorno do espectro autista”, afirma.
O ARQTEA, é uma metodologia inovadora desenvolvida por Rosana, que busca projetar ambientes colaborativos com foco na inclusão do autismo. Esta abordagem pioneira é moldada por sua crença inabalável na influência dos espaços em nosso comportamento. “O ARQTEA em breve será um curso online, permitindo que outros arquitetos e designers apliquem elementos e ferramentas essenciais para projetar com inclusão em mente, seja para clínicas, hospitais, escolas ou residências”, revela Rosana.
Seu interesse e vontade de melhorar a vida de pessoas com autismo, vem de sua jornada de vida, que é marcada por desafios. “Sou autista, disléxica, com seletividade alimentar e distúrbios gastrointestinais. Sofri de depressão e anorexia na adolescência”, diz Rosana, abrindo-se sobre sua experiência. Além de lidar com seus problemas de saúde, ela enfrentou dificuldades na escola, maus-tratos de professores na infância, sofria bullying de colegas e ainda lutava contra baixa autoestima e depressão, sem entender e conhecer seus transtornos.
Rosana desafia a romantização do autismo, reconhecendo que a caminhada é complexa e repleta de desafios. Sua busca incessante por conhecimento e sua abordagem integrada que une a arquitetura, neurociência e autismo, são sua resposta a uma sociedade que muitas vezes não compreende completamente a neurodiversidade. Por isso, ela não apenas projeta ambientes inclusivos, mas também compartilha sua jornada e conhecimento para criar um mundo mais compreensivo. Seu desejo é que a inclusão deixe de ser uma necessidade e se torne uma norma para as futuras gerações, onde a neurodiversidade seja celebrada e vivida com naturalidade.
Com sua paixão, conhecimento e determinação, Rosana Paciornik está moldando um futuro mais inclusivo e empático através da arquitetura e neurociência. Seu legado é uma inspiração para todos aqueles que buscam criar um mundo melhor para todos, independentemente de suas diferenças.
Para saber mais sobre o trabalho da arquiteta e até mesmo ter uma mentoria, entre em contato pelo Instagram @arq.rosanapacioniknathan.