Em uma pequena vila nos arredores de Verona, a autodidata Elisabetta Zangrandi nos presenteia com uma exposição singular. Com 15 retratos cativantes, a artista mergulha de forma divertida na história da arte, reinterpretando autorretratos icônicos de mulheres artistas do passado, algumas com quase mil anos.
Zangrandi, que começou a pintar nas rochas quando era criança, deu sua opnião para grandes revistas sobre essas mulheres artistas históricas e icônicas – e se coloca ao lado delas – transformando a galeria Keyes Art em um museu feminista alternativo. Entre as obras em destaque está o autorretrato da freira Guda, do século XII, considerado o primeiro autorretrato assinado por uma mulher na Europa Ocidental. Além disso, Zangrandi recria o autorretrato de Catharina van Hemessen, de 1548, possivelmente a primeira imagem de uma artista segurando uma paleta e trabalhando em um cavalete.
A exposição também homenageia figuras como Artemisia Gentileschi, Élisabeth Vigée Le Brun, Paula Modersohn-Becker, Frida Kahlo e Alice Neel, proporcionando uma jornada única e envolvente pela evolução da representação feminina na arte aol ongo dos séculos.
Adriane Altes