As contas das empresas estatais federais devem encerrar 2024 com o maior déficit em 15 anos, conforme dados do governo. Entre janeiro e agosto de 2024, o déficit acumulado dessas empresas chegou a R$ 3,3 bilhões, e projeções indicam que esse valor pode atingir R$ 3,7 bilhões.
Este será o pior resultado desde 2009, quando o déficit foi de R$ 3,8 bilhões, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, valor maior do que o projetado até o momento para este ano.
Especialistas alertam para os riscos fiscais que esse cenário representa, ressaltando que, embora as estatais não dependam diretamente de recursos do Tesouro para despesas de custeio, como salários e contas, o impacto dessas perdas é sentido por toda a população, uma vez que afeta a saúde financeira do país.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação, parte desse déficit está relacionado a investimentos planejados, e as estatais, em grande parte, têm autonomia financeira, sem relação direta com o governo.
O crescimento desse rombo fiscal levanta pensamentos sobre a necessidade de reavaliar a gestão e os investimentos dessas empresas para evitar futuros agravamentos em empresas estatais.
O Brasil é o principal país da América do Sul e todos os gastos são observados pelo mundo, principalmente por fazer parte de uma organização internacional em constante crescimento, o BRICS.
Henrique Mourão