O Hezbollah confirmou a morte de Hashem Safieddine, uma das principais figuras do grupo extremista e possível sucessor de Hassan Nasrallah, assassinado em 27 de setembro. Safieddine, primo de Nasrallah, ocupava o posto de número 1 do Hezbollah, sendo responsável pelo comando do conselho executivo da organização, que administrava as finanças e os assuntos administrativos do grupo antes da recente escalada de ataques israelenses contra o Líbano.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta terça-feira (22/10) que Safieddine foi morto em um ataque aéreo na região de Dahieh, um subúrbio de Beirute. O ataque teria ocorrido há cerca de três semanas, embora a confirmação oficial de sua morte só tenha vindo agora, após semanas de desaparecimento desde o início de outubro.
Os bombardeios israelenses contra o Líbano, intensificados desde meados de setembro, já resultaram na morte de mais de 1,8 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde do país. A morte de Safieddine marca uma significativa perda para a estrutura de liderança do Hezbollah, que já havia sido impactada pela morte de Nasrallah.
Entre as figuras cotadas para assumir o comando do Hezbollah, Naim Qassem, que anteriormente ocupava o posto de vice-chefe, é visto como o principal candidato, após as mortes.
Qassem, que foi apontado como chefe interino há um mês, tem sido responsável pelos pronunciamentos televisivos desde a morte de Nasrallah, sendo agora uma figura central na sucessão da liderança do grupo.
A morte de Safieddine e a instabilidade na cúpula do Hezbollah ocorrem em meio a uma das fases mais violentas do conflito entre Israel e o grupo extremista, acirrando ainda mais as tensões na região.
Henrique Mourão