A passagem aérea e o gás de botijão acumularam as maiores taxas de inflação em um ranking sobre as variações de preços de 20 bens e serviços que são monitorados desde o início da circulação do real no país, há quase 30 anos. A moeda brasileira passou a circular no Brasil em 1º de julho de 1994. Antes disso, os preços eram fixados com base na URV (Unidade Real de Valor).
Até dezembro do ano passado, a maior alta registrada sobre passagens de avião no Brasil foi de 2.728%, já o gás chegou a 2.370%. O levantamento foi realizado pelo economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. Em sequência, as maiores altas foram no aluguel residencial, taxa de água e esgoto, além das passagens de ônibus, energia elétrica, pão francês e gasolina.
O economista comentou que as variações expressivas, se avaliadas sozinhas, podem trazer uma ideia de um possível descontrole inflacionário, justamente o que foi combatido no Plano Real. Entretanto, ele avalia também que é preciso levar em consideração que o poder de compra da população brasileira aumentou nas últimas três décadas. O salário mínimo acumulou alta de 2.359% no período entre julho de 1994 até dezembro de 2023.
q.f.f.a.m.