O Paraná acaba de receber sinal verde para um investimento transformador: entre R$ 1,1 e R$ 1,5 bilhão serão destinados à construção de 11 novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos próximos dois anos. A iniciativa foi anunciada durante reunião entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e representantes da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch), além de empresários do setor.
Importante elo energético na matriz brasileira, o Estado garantiu os projetos por meio do 39º Leilão de Energia Nova (A-5), conduzido pelo Ministério de Minas e Energia. O Paraná se destacou como o segundo estado com maior potência contratada — 110 megawatts — de uso futuro em 2030, beneficiando residências e pequenas e médias empresas.
Os projetos abrangem 15 municípios, entre eles Nova Cantu, Toledo, Clevelândia, Goioerê e Cruzeiro do Iguaçu. As unidades que serão erguidas incluem PCH São Salvador, Água Tremida, Caratuva, Generoso, Itaguajé, Cantu 1, entre outras.
A aposta vai além da energia. Segundo o governador, a iniciativa representa um exemplo de eficiência sustentável. Aos R$ 1,1 bilhão inicial podem somar-se até R$ 1,5 bilhão, caso sejam incorporadas as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) ao pacote.
Do ponto de vista socioambiental, os ganhos são expressivos. O presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza, destacou que cada empreendimento ocupa cerca de mil hectares, com outros quatro mil hectares destinados à preservação. Assim, o projeto lança mão da conservação da biodiversidade aliada ao progresso energético.
Para Rafael Greca, secretário de Desenvolvimento Sustentável, o investimento reflete uma “indústria verde” comandada por legislação eficiente e desburocratização. Ele ressalta que o Paraná segue como protagonista nacional na geração de energia limpa, com transparência e compromisso ético.