A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou nesta segunda-feira (28) que soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia para se unir ao combate ao lado das tropas russas na guerra contra a Ucrânia. A declaração foi feita pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, após levantamentos de Inteligência ucraniana apontarem que o treinamento dessas tropas está ocorrendo em cinco bases militares russas.
A presença dos soldados norte-coreanos representa uma nova escalada no conflito, que se intensifica com o envolvimento direto de forças adicionais apoiando Moscou. Em resposta, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu ao Ocidente uma reação firme e estratégica diante dessa mudança, destacando a necessidade de reforço no apoio militar e diplomático à Ucrânia para enfrentar o crescente número de forças adversárias.
Este movimento intensifica ainda mais as tensões geopolíticas, colocando a Coreia do Norte e a Rússia em uma aliança militar declarada, o que aumenta a complexidade e o impacto do conflito na segurança global. A Otan monitora de perto a situação, avaliando as medidas que podem ser tomadas para proteger a estabilidade na região e responder a esta nova fase do conflito.
A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa, continua a provocar uma crise humanitária e geopolítica profunda. O conflito deixou milhões de ucranianos deslocados, causou milhares de baixas civis e militares, e gerou destruição massiva de infraestrutura em todo o país.
A resistência ucraniana, liderada pelo presidente Volodymyr Zelensky, surpreendeu o mundo ao enfrentar o avanço das tropas russas com apoio militar e logístico dos países ocidentais. As sanções econômicas impostas à Rússia pela União Europeia, Estados Unidos e outros aliados têm afetado a economia russa, enquanto a Ucrânia continua a depender de ajuda internacional para manter suas operações de defesa.
No entanto, a situação no campo de batalha permanece complexa, com avanços e retrocessos de ambos os lados e uma recente intensificação de ataques em regiões estratégicas como Donetsk e Kherson.
Foto: Coreia do Norte via AP