O Paraná deu mais um passo estratégico no enfrentamento ao crime organizado ao lançar oficialmente a Escola de Inteligência do Paraná, parte do Plano de Governo 2023‑2026. A iniciativa visa capacitar agentes de diversas corporações — Polícias Militar, Civil, Penal e Científica, Corpo de Bombeiros e o Departamento de Inteligência — com metodologias padronizadas e intercâmbio constante de informações.
De acordo com o governo, o objetivo é claro: evitar que cada órgão atue isoladamente, criando uma estrutura de segurança pública mais articulada e eficaz. Isso vai desde a produção e análise de dados até ações práticas de inteligência, permitindo respostas mais rápidas e cirúrgicas a ameaças emergentes.
A Escola de Inteligência terá sua atuação pela oferta de cursos permanentes, com formação especializada em metodologias de produção de conhecimento. O curso inaugural, “Metodologia de Produção do Conhecimento”, já foi ministrado com convidados de outros estados, reforçando a perspectiva de intercâmbio técnico.
Outro ponto central do novo sistema é o compartilhamento de informações entre as agências de segurança. Esse fluxo mais ágil de dados promete reduzir lacunas de comunicação, evitando duplicidade de esforços ou atrasos que historicamente atrapalham o combate ao crime organizado.
Além disso, a iniciativa funciona como base para outras tecnologias e projetos complementares já em curso, especialmente os voltados ao monitoramento, análise via inteligência artificial e integração de sistemas entre municípios.
Para que os impactos sejam reais, agentes envolvidos enfatizam que a Escola não é apenas uma estrutura de ensino, mas uma peça chave de mudança de paradigma: inteligência preventiva, não apenas repressiva; cooperação institucional constante; planejamento com base em dados. Se tudo ocorrer como planejado, o novo modelo poderá tornar o Paraná exemplo para outras unidades da federação.