As favelas no Brasil refletem uma realidade complexa e desafiadora para milhões de brasileiros. Segundo o Censo Demográfico de 2022 realizado pelo IBGE, mais de 16 milhões de pessoas, cerca de 8,1% da população do país, vivem em condições de vulnerabilidade nessas comunidades.
Espalhadas por 12.348 favelas em 656 cidades, essas áreas urbanas revelam desigualdades sociais e econômicas persistentes. Apesar de representarem uma pequena parte do território, as favelas abrigam uma parcela significativa da população, que enfrenta desafios como acesso limitado a infraestrutura, saneamento básico e serviços de qualidade.
A distribuição das favelas é concentrada principalmente na região Sudeste, que possui quase metade (48,7%) das favelas do país, seguida pelo Nordeste (26,8%), Norte (11,6%), Sul (10,4%) e Centro-Oeste (2,5%).
Essa concentração regional evidencia a desigualdade no desenvolvimento urbano e a carência de políticas públicas efetivas em algumas áreas metropolitanas. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco se destacam com as maiores quantidades de favelas, concentrando juntos quase metade (46,1%) dessas comunidades. São Paulo lidera com 3.123 favelas, seguido pelo Rio de Janeiro com 1.724 e Pernambuco com 849, refletindo uma urbanização desordenada e a falta de habitação acessível para a população de baixa renda.
Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas inclusivas e de investimentos em habitação, saneamento e oportunidades econômicas nessas áreas. As favelas não são apenas locais de vulnerabilidade, mas também de resiliência e inovação, onde moradores desenvolvem soluções criativas para enfrentar as adversidades.
No entanto, sem um apoio governamental adequado, as condições de vida nessas comunidades dificilmente melhorarão. Para garantir uma inclusão plena e combater a desigualdade, é essencial que esses dados sirvam como base para ações concretas que promovam o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros.