Na tarde desta segunda-feira (17/11), o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, reuniu-se em seu gabinete com uma delegação vinda da Catalunha (Espanha), acompanhada de representantes da Fundação Araucária. O objetivo principal da visita: discutir a criação de um Cluster Paraná de Ciências da Vida e da Saúde, com foco em inovação biomédica, biotecnologia e medicina translacional.
Esse tipo de cooperação internacional marca um momento importante para Curitiba — a cidade, segundo Pimentel, precisa combinar sua escala populacional com investimentos em tecnologia para elevar seu padrão de atendimento em saúde. Ele lembrou que boa parte da demanda médica vem da região metropolitana, o que justifica a busca por parcerias de peso para impulsionar pesquisa e inovação.
Pela parte catalã, um dos representantes, Rafael Navajo Garrido, do Hospital Veterinário Vall d’Hebron de Barcelona, reforçou a visão otimista: para cada euro investido em um polo de saúde tecnológico, podem surgir até seis euros de retorno econômico e social. Esse tipo de multiplicador, disse ele, beneficia não apenas as instituições, mas toda a comunidade.
Também participaram da delegação catalã o pesquisador Francesc Calafell, da Universidade Pompeu Fabra, e duas professoras da Universidade de Barcelona: Maria Neus Carbó Carbó e Maria Esther Esteban Tormé, nomes de peso no meio científico, o que mostra o quanto a proposta de Curitiba é ambiciosa e bem construída.
Do lado municipal, estiveram presentes a secretária da Saúde, Tatiane Filipak, o presidente da Agência Curitiba de Inovação, Dario Paixão, e o chefe de Relações Internacionais da Prefeitura, Rodolpho Zannin Feijó. Pela Fundação Araucária, participaram o presidente Ramiro Wahrhaftig, a coordenadora de projetos internacionais Eliane Segatti Rios e a pesquisadora Vanete Thomaz Soccol.
O encontro também precede um momento institucional importante: nos dias 17 e 18 de novembro, Curitiba sedia o I Encontro de Mobilização para tornar esse cluster realidade. O evento acontece na Sala Cascavel, na FIEP, e deve aprofundar as tratativas para que a colaboração entre o Paraná e a Catalunha não seja apenas teórica, mas uma ponte prática para a inovação em saúde.






