Entre os dias 19 e 23 de novembro, a Cinemateca de Curitiba promove uma mostra especial do cineasta Spike Lee, em homenagem ao Mês da Consciência Negra. A iniciativa é uma oportunidade rara para o público local assistir a cinco obras emblemáticas do diretor, conectando cinema, cultura e ativismo.
A seleção é diversa e profunda: serão exibidos o documentário Quatro Meninas, Uma História Real (“Four Little Girls”), que revisita o atentado racista em Birmingham nos anos 60; Infiltrado na Klan (“BlacKkKlansman”), sobre a investigação de um negro infiltrado na Ku Klux Klan; Mais e Melhores Blues (“Mo’ Better Blues”), musical que explora relações pessoais e raciais; Faça a Coisa Certa (“Do the Right Thing”), obra emblemática que retrata tensões urbanas entre comunidades; e o poderoso drama histórico Malcolm X, centrado na figura do líder dos direitos civis.
A entrada para todas as sessões é gratuita, reforçando o compromisso da Prefeitura de Curitiba e da Cinemateca de democratizar o acesso à cultura. Essa gratuidade é especialmente significativa, considerando o peso histórico e social das obras de Lee, que provocam reflexão sobre a desigualdade racial, a memória negra e a luta por justiça.
Para a Cinemateca, celebrar Spike Lee vai além de exibir filmes: é reafirmar a importância de discutir questões raciais através da arte. A capital paranaense, com essa mostra, se posiciona como um espaço de diálogo cultural e social, onde o cinema se torna ponte para a reflexão e a conscientização.
A programação também se alinha com outras mostras temáticas no mês de novembro. Segundo a Prefeitura, a Cinemateca de Curitiba promove, além do ciclo de Spike Lee, homenagens a Robert Redford e uma mostra de cinema japonês.
Para quem deseja assistir, vale ficar atento aos horários: no dia 19/11, o filme Quatro Meninas, Uma História Real será exibido às 19h; nos dias seguintes, as sessões acontecem sempre à noite (às 19h), exceto no domingo (23/11), quando Malcolm X fecha a mostra às 16h.
Com essa programação, a Cinemateca reforça seu papel como espaço cultural público e transformador — convidando a cidade a redescobrir a força do cinema de Spike Lee e a aprofundar a compreensão sobre a luta pela igualdade racial.






