A polícia de Manchester, no noroeste da Inglaterra, investiga o furto de dois bustos de Chaim Weizmann, o primeiro presidente de Israel, retirados da Universidade de Manchester por um grupo pró-palestino.
O grupo, identificado como Ação Palestina, assumiu a responsabilidade pelo ato em um comunicado emitido no último sábado (02), justificando a ação como um protesto simbólico no aniversário de 107 anos da Declaração Balfour, documento britânico que apoiou o estabelecimento de um espaço para judeus na Palestina.
O vice-reitor da Universidade de Manchester, Duncan Ivison, condenou o ato, o classificando como vandalismo, ressaltando que ações desse tipo não contribuem para um entendimento mais profundo sobre o atual conflito no Oriente Médio. Segundo ele, o campus tem sido um espaço para protestos pacíficos e para a troca de ideias, elementos que a instituição considera essenciais para a formação de um ambiente acadêmico saudável.
O vice-reitor reforçou o compromisso da universidade em manter-se como um espaço de diálogo, mesmo para assuntos sensíveis, e criticou a violência e a destruição de patrimônio como meios de expressão.
A comunidade judaica local, representada pelo Conselho Judaico da Grande Manchester, expressou indignação com o crime e solicitou que as autoridades britânicas tomem medidas rigorosas contra o grupo Ação Palestina.
O incidente, ocorrido na véspera do aniversário da Declaração Balfour, reaviva discussões sobre o impacto duradouro do documento e intensifica as tensões entre grupos pró-palestinos e comunidades judaicas, refletindo o quanto o conflito no Oriente Médio ainda gera divisões e manifestações extremas fora da região.
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