Glaci Damiani nasceu em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, chamada Colorado. Filha de pequenos agricultores, ela morou até os 18 anos na roça, e precisou enfrentar obstáculos como a distância e a falta de transporte para conseguir concluir o ensino médio. No entanto, ela acredita na educação e apostou nos estudos para mudar a sua vida.
“Precisava ir a pé para a escola, por não conseguir transporte. O Ensino Médio era apenas no período noturno. Sendo assim, ia para a escola caminhando no final da tarde, dormia na casa de uma amiga, chamada Fabiane Zat, e voltava para casa pela manhã cedo, novamente a pé”, lembra ela. Hoje ela é psicóloga, mentora, coach, palestrante, atuando com desenvolvimento humano.
Atualmente ela mora com seu marido e suas duas filhas em Paranaguá, no Paraná, E foi nesta cidade que ela enfrentou um grande desafio que mudaria completamente a sua forma de ver a vida. Com o nascimento da sua segunda filha, ela precisou decidir se retornaria à vida profissional ou se dedicaria integralmente ao papel de mãe. “Resolvi conciliar a maternidade e família com a vida profissional. Não era fácil, mas era possível”. Após três anos, sua filha caçula recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) leve a moderado.
“Meu mundo desabou, foi um choque, apesar de lá no fundo já saber. Mas receber a confirmação não é nada fácil. O que eu teria feito de errado? Deveria ter escolhido me dedicar à maternidade e dar um tempo da vida profissional? Deveria parar tudo naquele momento e me dedicar a partir de agora? O que eu deveria fazer? De uma coisa tinha certeza, minha filha precisava de mim e da assistência de profissionais para atendê-la”, afirma.
A partir deste momento Glaci passou a conciliar sua casa, trabalho, família, atividades escolares, junto aos tratamentos da filha mais nova. Paralelo a isso, a sua filha primogênita, que estava com sete anos, recebeu o diagnóstico de Altas Habilidades (QI acima da média para sua idade), e também precisou de terapias.
Com tanta pressão e pouco tempo para descansar, ela passou a viver no “piloto automático”, até que acabou desenvolvendo Síndrome do Pânico. Foi nas terapias, aliadas a meditações e mudanças na rotina doméstica que ela encontrou o caminho para recuperar a sua saúde mental.
“A partir daí, comecei a repensar minha vida, tanto a vida que estava levando quanto a vida que eu gostaria de ter. Comecei a trabalhar meu eu, meu autoconhecimento. Fiz meu processo de coaching onde, somado às terapias, me redescobri e me reconstruí em uma nova versão, muito mais empoderada e fortalecida. Passei a lidar com as coisas de maneira diferente, passei a me posicionar, a acreditar mais em mim e na minha capacidade e assim, a me valorizar mais”, conta.
A psicóloga passou a se aprofundar sobre o desenvolvimento e comportamento humano, inteligência e gestão emocional, e mudou a sua forma de lidar com o seu exterior. A mudança em sua vida lhe despertou o desejo de levar essa transformação para outras pessoas. A grande virada de chave na sua carreira aconteceu após reencontrar a sua amiga de infância, Fabiane Zat, que já conhecia os benefícios da inteligência emocional.
Juntas elas desenvolveram a “A Série Diálogos”, que consistia em vídeos curtos falando sobre temas relacionados à Inteligência e Gestão Emocional. Nos primeiros vídeos já tiveram resultados positivos, com bom engajamento e feedbacks construtivos. Em dois meses de projeto, as amigas escreveram um e-book Diálogos, Recursos de Inteligência e Gestão Emocional.
“Hoje, eu e a Fabiane temos um grupo de mentoria on-line e ao vivo: A Mentoria Realize, Transforme sua Vida a partir de Agora, com um encontro semanal – todas às terças-feiras, das 19h às 21h. É uma mentoria de vida, onde trabalhamos o tripé: O eu (relacionamento intrapessoal), o outro (relacionamento interpessoal) e o contexto (situações diversas relacionadas ao contexto e à vida, bem como possíveis formas mais assertivas de lidar com o que acontece)”, explica a especialista.
Além disso, ela também desenvolveu uma trabalho de consultoria para as empresas que desejam investir no desenvolvimento de seus colaboradores: líderes e equipes. O objetivo ou missão desse trabalho é potencializar o desenvolvimento humano transformando vidas e negócios. “Pois, investir no desenvolvimento de pessoas aumenta a performance delas e gera melhores resultados para a empresa! As ações são estratégicas e personalizadas, de acordo com a necessidade de cada cliente”, afirma Glaci Damiani.
A profissional afirma que seu desejo é impactar cada vez mais pessoas, e negócios, e ajudá-los a transformar suas vidas a partir do autoconhecimento e do desenvolvimento da inteligência e gestão emocional, reunindo os conhecimentos e as experiências que adquiriu em sua vida e trajetória profissional.