A ativista Marjorie Vannucci foi entrevistada pelo site Maite Brusman e falou um pouco sobre a sua história de vida e os desafios enfrentados pelas mulheres 40+. Ao comentar sobre como as mulheres que passaram dos ”enta” podem se destacar, ela enfatiza que as mulheres em si já sofrem diversas situações. Porém, aquelas que estão nessa idade conseguem mudar a realidade, mostrando sempre mais a cara, conquistando diversos espaços, seja na mídia ou no trabalho. Desbravar isso tudo é complicado e difícil, mas é necessário fazer aquilo que deseja, tais como o empreendedorismo e conquistar o que se deseja.
Dar espaço para as próprias vontades é importante e incentivar que mulheres mais novas façam o mesmo, contribui para que as futuras gerações femininas não fiquem acoadas. Esse estímulo, para Vannucci, é um processo, que passa de geração por geração que, com o tempo, gera uma quebra de paradigmas. Ela comenta que a segurança para formar mais mulheres empoderadas passa pelo aprendizado conquistado e experiência de vida adquirida no pós 40 anos.
A prova de que a maturidade contribui com as mulheres, é de que, em 2017, Marjorie começou a fazer balé adulto o que, segundo ela, seria um sonho inalcançável em sua vida, pois considerava que não tinha habilidade nem as características físicas “exigidas” pelos estereótipos do balé. Essa sua decisão inspira outras mulheres que entrem no balé para quebrar os próprios paradigmas e também se desafiar.
Um dos fatos que contribuíram para o seu amadurecimento foi uma situação não tão boa: um câncer de mama. Trabalhadora da área de saúde, o seu preparo alterou a perspectiva, pois uma coisa é acompanhar as pessoas com a doença, outra é ser a pessoa com a doença. Nesse ponto em específico, ela ressalta a necessidade do diagnóstico precoce além da atenção em caso de histórico da neoplasia na família, pois outras mulheres de sua família, como por exemplo, sua avó, mãe, tia-avó já tinham sido diagnosticada com a doença.
Apesar de ser algo negativo, Marjorie fez algumas escolhas em sua vida após o diagnostico. Ela trilhou caminhos e potencializou sonhos que tinha em mente, como começar no balé. Essa potencialização de seus objetivos a levou a aprimorar seu trabalho voluntário na área da saúde e, dessa forma, ela ajuda outras mulheres que estão com o nódulo maligno a vencerem esse obstáculo.