Pelo menos seis companhias aéreas internacionais suspenderam voos de e para a Venezuela após um alerta da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que apontou riscos no espaço aéreo do país devido ao aumento da atividade militar na região. Entre as empresas afetadas estão Avianca, Gol, Latam, Iberia, TAP, Air Europa, Plus Ultra e Turkish Airlines. A maior parte delas interrompeu as operações entre sexta (21) e segunda-feira (24).
O aviso da FAA classificou o espaço aéreo venezuelano como “potencialmente perigoso” e recomendou cautela a todas as companhias aéreas que operam na área de Maiquetía, onde fica o principal aeroporto internacional do país. Apesar disso, algumas empresas, como a Copa Airlines e a estatal venezuelana Conviasa, mantiveram os voos.
Em resposta às suspensões, o instituto de aviação da Venezuela (Inac) determinou que as companhias retornem aos voos dentro de 48 horas, sob risco de perderem a autorização para operar no país. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) criticou a decisão e alertou que isso pode isolar ainda mais a Venezuela, que já é um dos países com menor conectividade aérea na região.
As empresas afirmam que a interrupção é temporária e que pretendem retomar as operações assim que houver segurança. Iberia, Gol e Turkish Airlines, por exemplo, anunciaram cancelamentos até o fim de novembro ou início de dezembro. A Latam cancelou voos nas rotas entre Bogotá e Caracas nos dias 23 e 24.
O alerta ocorre em um momento de aumento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela, marcado por um reforço militar norte-americano no Caribe e críticas do governo de Nicolás Maduro. O presidente venezuelano acusa os EUA de tentar desestabilizar o país, enquanto Washington aponta preocupações com segurança e tráfico de drogas na região.






