O Governo do Brasil realizou, nesta quarta-feira (12), mais uma ação de acolhimento a 69 brasileiros repatriados dos Estados Unidos. A operação de deportação é conduzida pelo governo norte-americano, enquanto o acolhimento no Brasil é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em parceria com outros órgãos federais, por meio do programa Aqui é Brasil.
Devido a um problema logístico na escala em Bogotá, o avião que seguiria para Belo Horizonte foi redirecionado para o Aeroporto Internacional de Manaus, onde pousou por volta das 20h30 (horário de Brasília). Uma estrutura especial foi montada no local, em parceria com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Amazonas, para oferecer atendimento médico, apoio psicológico, alimentação e kits de higiene aos repatriados.
Nesta quinta-feira (13), o governo brasileiro iniciou a emissão das passagens para os destinos finais das pessoas acolhidas. A coordenadora-geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes do MDHC, Ana Maria Gomes Raietparvar, destacou o trabalho das equipes diante da mudança de rota. “Mesmo com a alteração do plano de voo, conseguimos rapidamente reorganizar a acolhida de forma bem-sucedida”, afirmou.
O grupo é formado por 65 homens e 4 mulheres, com média de idade de 34 anos. A maioria tem entre 30 e 49 anos. Entre os repatriados, há 59 homens desacompanhados, três pessoas de uma mesma família, uma mulher desacompanhada e seis pessoas procuradas pela Justiça.
O programa Aqui é Brasil é coordenado pelo MDHC e reúne esforços de diversos ministérios, como o das Relações Exteriores, Desenvolvimento e Assistência Social, Saúde e Justiça e Segurança Pública, além de contar com apoio de órgãos como a Polícia Federal, Defensoria Pública da União e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Desde fevereiro deste ano, o programa já realizou 31 operações, garantindo o retorno seguro de mais de 2,5 mil brasileiros em situação de vulnerabilidade, principalmente vindos dos Estados Unidos. A ação busca assegurar o respeito à dignidade e aos direitos humanos dessas pessoas, oferecendo suporte imediato e acompanhamento após o retorno ao país.






