O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Washington para apresentar ao presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, a proposta de criação de um Fundo Soberano do Paraná. A iniciativa tem como objetivo preparar o Estado para os desafios econômicos que virão após as mudanças previstas na reforma tributária nacional.
Segundo o governo, o fundo será uma ferramenta estratégica para garantir estabilidade fiscal e continuidade nos investimentos em áreas prioritárias. A ideia é que os recursos sejam utilizados de forma planejada, assegurando tanto o desenvolvimento socioeconômico quanto a resposta a emergências e desastres naturais.
A proposta chega em um momento em que os incentivos fiscais, importantes para atrair empresas, estão prestes a ser gradualmente extintos até 2028. Com o Fundo Soberano, o Paraná pretende preservar sua competitividade e manter a capacidade de apoiar setores essenciais da economia.
Entre as áreas que poderão receber investimentos estão infraestrutura logística, inovação, bioeconomia, agroindústria de baixo carbono e indústrias de maior valor agregado. A intenção é posicionar o Estado como referência em crescimento sustentável, ampliando a geração de empregos e atraindo capital privado.
Outro ponto importante é a função do fundo como reserva de segurança, capaz de garantir liquidez em momentos de instabilidade. Essa característica permitirá ao Estado responder com rapidez em situações de crise, sem comprometer o equilíbrio das contas públicas.
Com gestão prevista para ficar sob responsabilidade da Secretaria da Fazenda, o fundo deverá contar com recursos provenientes de aplicações financeiras do Tesouro Estadual, receitas extraordinárias e novas parcerias. A proposta reforça a visão de longo prazo do Paraná, que busca aliar responsabilidade fiscal a um modelo de desenvolvimento inovador e sustentável.