A torcida organizada do Cruzeiro está oficialmente proibida de frequentar estádios em todo o Brasil até 2028. A decisão foi anunciada após uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais, que vem acompanhando o histórico de violência envolvendo grupos de torcedores organizados. O banimento ganhou ainda mais força após uma série de confrontos violentos, incluindo um grave incidente em março deste ano, em Belo Horizonte, que envolveu torcedores de Cruzeiro e Atlético-MG.
No último domingo, o cenário de violência ganhou novos desdobramentos. Integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras armaram uma emboscada contra a torcida organizada do Cruzeiro, que passava por Mairiporã, no interior de São Paulo. O confronto foi marcado pela brutalidade, com aproximadamente 150 pessoas envolvidas, pedaços de madeira utilizados como armas e até fogo, o que resultou na morte de um torcedor e deixou outros 17 feridos
O Ministério Público e a polícia veem o banimento como uma tentativa de frear a escalada de agressões que vem comprometendo o ambiente nos estádios. Esse tipo de punição é baseado na ideia de que a exclusão de grupos que promovem a violência e o vandalismo pode devolver a tranquilidade aos torcedores comuns e famílias que frequentam os jogos.
A medida, portanto, não apenas bane a presença da torcida organizada nos estádios, mas também aumenta a fiscalização para evitar o ingresso de qualquer material que identifique os membros dessas facções.
A decisão de banir a organizada até 2028 tem o intuito de estabelecer um período extenso o suficiente para desestimular a prática de atos violentos e permitir que as torcidas mudem sua cultura e seu comportamento. As autoridades continuam monitorando outras organizadas, principalmente em estados com histórico de rivalidade intensa.
A expectativa é que, com essa punição exemplar, outras torcidas organizadas repensem suas ações, promovendo um ambiente mais seguro e harmonioso nos estádios brasileiros.
Foto: GE