A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início, na última segunda-feira (14), à Operação Verum, com o objetivo de prender quatro investigados no caso dos transplantes de órgãos infectados pelo HIV na capital fluminense.
O escândalo envolve seis pacientes que estavam na fila de transplante da Secretaria Estadual de Saúde do RJ e que receberam órgãos contaminados, provenientes de dois doadores diferentes.
Um dos alvos da operação, um sócio do laboratório PCS Lab Saleme, foi preso nesta manhã. O laboratório foi o responsável pelos exames de órgãos encaminhados para transplante e teria cometido um erro crítico na triagem dos órgãos.
De acordo com a investigação interna da empresa, o incidente foi causado por um “erro humano”, onde houve falha na transcrição dos resultados de dois testes de HIV, o que levou à transmissão acidental do vírus para os receptores dos órgãos.
A Operação Verum busca, além do sócio já detido, outras três pessoas que também estão sendo investigadas pela participação no caso. A Polícia Civil continua os trabalhos para esclarecer o ocorrido e responsabilizar os envolvidos. A revelação do caso gerou grande repercussão, levantando preocupações sobre a segurança e os procedimentos adotados no processo de transplante de órgãos no estado.
O laboratório PCS Lab Saleme, em um comunicado no domingo (13), admitiu a falha e ressaltou que a investigação interna revelou a causa do erro como uma falha na transcrição dos resultados dos testes de HIV.