Nesta segunda-feira, 15, a juíza Aileen Cannon arquivou um processo criminal contra Donald Trump, que o acusava de posse ilegal de documentos sigilosos relacionados à segurança nacional dos EUA. A decisão foi baseada na argumentação de que a nomeação do conselheiro especial Jack Smith, responsável pela acusação, violou a Constituição por não ter sido indicado nem confirmado pelo Senado dos EUA.
“A moção do ex-presidente Trump para rejeitar a acusação foi concedida”, afirmou Cannon em sua decisão. As acusações incluíam infrações por retenção intencional de informações de defesa nacional, com possíveis penas de até 20 anos de prisão. O processo ganhou destaque após documentos do governo serem descobertos em posse de Trump no resort Mar-a-Lago, na Flórida, gerando críticas e alegações de perseguição política.
A decisão da juíza ocorreu em um contexto político conturbado, dois dias após uma tentativa de assassinato contra Trump durante um comício na Pensilvânia e no mesmo dia em que a convenção republicana teve início, oficializando Trump como candidato do partido. O arquivamento do processo reacendeu debates sobre a independência do judiciário e o uso político das instituições legais nos Estados Unidos.