A Polícia Federal iniciou mais uma investigação, dessa vez, contra os integrantes das Forças Especiais do Exército, os “kids pretos”. Eles são suspeitos de usarem técnicas militares para dar início a tentativa de golpe de Estado no país. Segundo a PF, a participação seria estratégica: eles participavam de um grupo restrito, com treinamento rígido e especialização em ações de infiltração, operações camufladas e contraterrorismo.
Ainda segundo a PF, as provas colhidas no inquérito indicaram que representantes do grupo de elite direcionaram os atos antidemocráticos que ocorreram após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, no dia 8 de janeiro de 2023, além de terem atuado como elo para o financiamento dos ataques. Os oficiais da “FE”, como também são conhecidos, participaram de reuniões que tinham o intuito de delinear estratégias para a ofensiva golpista.
O que mais chamou a atenção dos investigadores nos ataques do dia 8 de janeiro, foi a presença de manifestantes com balaclavas, vestimenta dos “kids pretos” e à desenvoltura na linha de frente da invasão. Um grupo foi responsável por orientar os manifestantes a entrar no Congresso pelo teto. Além disso, destroços de uma granada de gás lacrimogêneo usadas em treinamentos dos “kids pretos” também foram encontrados, segundo a CPI dos Atos.