Nesta terça-feira (9) um momento muito esperado finalmente aconteceu (ou quase). O Bonde Urbano Digitl (BUD) fez sua primeira viagem, realizado um trajeto entre o Terminal São Roque, em Piraquara, no Parque das Águas, em Pinhais. Porém, essa não foi uma viagem oficial, sua primeira vez sendo utilizada pelo público, mas sim um teste.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve presente no momento e aproveitou para destacar o conforto e tecnologia do veículo, que funciona de maneira silenciosa, tem ar-condicionado e já opera parcialmente de forma autônoma.
Fabricado pela empresa CRRC Nanjing Puzhen, ele combina característica de VLT e ônibus do tipo BRT, famoso em Curitiba desde os anos de 1970. Para se locomover ele utiliza da tecnologia Digital Rail Transit, que permite circular por um “trilho virtual” no asfalto, sem trilhos físicos, sendo totalmente elétrico. O sistema funciona com sensores e marcadores magnéticos que orientam o veículo. O BUD tem capacidade para até 280 passageiros e terá uma tarifa de R$ 5,50 assim como o transporte convencional.
Mesmo com a tecnologia autônoma, o veiculo contará com motoristas em todas as viagens, já que não há regulamentação para esse tipo de condução no Brasil.
A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP) está coordenado a implantação do BUD. O diretor-presidente do órgão, Gilson Santos, explicou que o sistema pode ajudar a atender o crescimento da população na grande capital paranaense, que hoje tem grande fluxo diário de pessoas que vão e passam por ela. Ele afirma que o BUD pode ser uma solução viável para corredores de alto movimento.
O secretário das Cidades, Guto Silva, também esteve presente no passeio teste e destacou que o bonde digital reúne o melhor de vários tipos de transporte: capacidade de trem, mobilidade de ônibus e agilidade de metrô. Para ele, o BUD tem potencial para transformar a mobilidade na região e reduzir o tempo de viagem dos moradores da RMC.
O Paraná é o primeiro estado da América do Sul a adotar Bonde Urbano Digital no transporte coletivo, que deve se expandir para novas linhas ao longo dos anos.






