Israel anunciou oficialmente à ONU que não seguirá mais o acordo firmado desde 1967 com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), responsável por oferecer ajuda humanitária e serviços educacionais a milhões de palestinos.
A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (4) pelo Ministério de Relações Exteriores israelense, após a aprovação de uma lei no parlamento israelense na última semana. A nova legislação proíbe a UNRWA de operar no país e impede que as autoridades israelenses colaborem com a agência.
A UNRWA tem sido uma das principais fontes de assistência para os refugiados palestinos há décadas, fornecendo suporte básico de saúde, educação e alimentação na Cisjordânia ocupada, em Gaza e em outros territórios onde há comunidades palestinas em situação de vulnerabilidade.
Para muitos palestinos, os serviços da UNRWA representam não apenas um auxílio essencial, mas também um reconhecimento de sua condição de refugiados, um tema central no conflito. A interrupção da cooperação com a agência implica dificuldades adicionais para a população Palestina e pode acirrar as tensões na região.
Essa decisão de Israel é vista como uma mudança significativa em sua postura em relação ao apoio internacional aos refugiados palestinos e reflete uma postura mais rígida frente à questão Palestina.
A medida abre um novo capítulo nas relações entre Israel e a ONU, aumentando as incertezas sobre o futuro dos serviços de assistência na região em meio a ataques constantes do país aos palestinos.
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