O governo do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (31) a lista com nove chefes do tráfico mortos durante a megaoperação realizada na última terça-feira (28), que deixou 119 mortos e mais de 100 presos. A ação, considerada uma das maiores da história contra o Comando Vermelho (CV), mobilizou forças policiais do Rio e de outros estados.
De acordo com o balanço oficial, 117 dos mortos eram suspeitos, e 99 já foram identificados. Entre eles, 78 tinham antecedentes criminais e 42 possuíam mandados de prisão em aberto.
A lista divulgada pelo governo inclui nomes de lideranças do tráfico em diferentes regiões do país:
- PP, chefe do tráfico no Pará
- Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM)
- Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM)
- Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA)
- DG, chefe do tráfico na Bahia
- FB, chefe do tráfico na Bahia
- Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás
- Rodinha, chefe do tráfico em Goiânia (GO)
- Russo, chefe do tráfico em Vitória (ES)
Segundo o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, embora nenhum dos mortos seja do estado, as ordens e diretrizes da facção partem dos complexos da Penha e do Alemão, na capital fluminense, de onde o Comando Vermelho mantém o controle sobre a atuação em outros estados.
O balanço final divulgado em coletiva nesta quarta-feira (29) apresentou os seguintes números:
- 119 mortos — sendo 58 no dia da operação e outros 61 encontrados posteriormente em áreas de mata
- 113 presos, incluindo 33 vindos de outros estados
- 10 menores apreendidos
- 118 armas, entre elas 91 fuzis, 26 pistolas e 1 revólver
- 14 artefatos explosivos
- Toneladas de drogas ainda em processo de pesagem e contabilização
As forças de segurança classificaram a operação como um duro golpe na estrutura do Comando Vermelho, que tem ramificações em diversos estados do país. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e mapear as conexões interestaduais da facção.





