
O dia 21 de setembro marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Hoje no Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas foram diagnosticados com uma forma de demência, sendo a mais comum delas, o Alzheimer. São cerca de 100 mil novos casos diagnosticados a cada ano no país. Como se sabe, Alzheimer não tem cura e na maioria dos casos tem uma evolução lenta. Os tratamentos para a doença são apenas para retardar os estágios de evolução.
Entre os tratamentos que vem ganhando destaque ao longo dos anos, é a inclusão da música na vida de pessoas que possuem o diagnóstico positivo da doença. Há alguns anos, muitas pesquisas relacionadas ao tratamento terapêutico com músicas estão sendo realizadas e trazem resultados muito positivos.
Em pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), os pacientes idosos que foram expostos a músicas com conteúdos autobiográficos – sobre suas próprias vidas – tem seus sintomas amenizados, como a agitação e possibilitam melhorias na qualidade de vida
também aos seus cuidadores. Outro estudo realizado em 2018 por Baird e Samson mostrou que a música pode melhorar os sintomas relacionados a cognição, ao humor e a também qualidade de vida, dessas pessoas.
De acordo com os pesquisadores neurocientistas do Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição Humana de Leipzig, a doença do Alzheimer afeta de maneira mais amena a área do cérebro que armazena as nossas memórias musicais. Por este motivo, mesmo na fase mais avançada da doença, os pacientes conseguem ter lembranças musicais e ao mesmo tempo não conseguem identificar seus próprios nomes.
O que é a Doença do Alzheimer?
O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, segundo o Ministério da Saúde. Sem causa definida, a hipótese de desenvolvimento do Alzheimer é de que seja geneticamente determinada. Entre os sintomas mais conhecidos está a falta de memória recente, que caracteriza o primeiro estágio da doença, além de alterações na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
No segundo estágio da doença, o paciente sente dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, além de agitação e insônia. No terceiro estágio há a resistência à execução de tarefas diárias, Incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. No último estágio o paciente fica restrito ao leito, sente dor ao engolir e passa a ter Infecções intercorrentes.