Na tarde desta terça-feira (9) a Polícia Legislativa da Câmara agiu contra o protesto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) que ocupou o assento da presidência da Casa por cerca de uma hora. O ato do deputado como já dito foi um protesto, neste caso, contra o processo de cassação que enfrenta. Como não faz parte da Mesa Diretora, Glauber foi removido por policiais após ordem de desocupação.
No momento que o deputado insistiu em permanecer no local, policias começaram a esvaziar o plenário, ao mesmo tempo que a TV Câmara cortou a transmissão e a imprensa era retirada do local. Questionada, a assessoria de Hugo Motta afirmou que a medida seguiu uma “protocolo”, mas não explicou qual.
Glauber criticou o corte do sinal da TV Câmara assim como o impedimento de permanência de jornalistas e imprensa no local. Ele disse nunca ter visto o plenário “ser apagado” durante uma sessão. O deputado também afirmou que foi agredido, mostrando parte do terno rasgado, e disse que outros parlamentares que tentavam ajudá-lo também foram empurrados.
O parlamentar classificou a ação como um ato de violência e disse que sua ocupação era uma forma de resistência. Segundo ele, o processo de cassação faz parte de uma tentativa de silenciamento político. “Hoje fazem isso comigo, amanhã farão com outras forças populares e democráticas”, declarou.
Deputados como Maria do Rosário (PT-RS), Samia Bomfim (PSOL-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Alencar Santana (PT-SP) tentaram impedir sua retirada, mas não conseguiram. Vídeos mostram o momento em que Glauber é carregado pelos policiais.
Para ele, o corte da transmissão e a retirada da imprensa representam um ataque à transparência. “Isso fere a democracia”, disse em coletiva no Salão Verde, criticando também a condução de Hugo Motta. “Com os golpistas sobrou docilidade. Agora, com quem não entra no jogo deles, é porrada.”






