Israel anunciou nesta quarta-feira (3) que os restos mortais entregues ontem pelo Hamas não pertencem aos dois reféns que ainda estão na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada após análise do Centro Nacional de Medicina Legal. As famílias dos reféns, o israelense Ran Gvili e o tailandês Sudthisak Rinthalak — foram oficialmente informadas.
Ontem, a polícia israelense havia dito que recebeu restos mortais que poderiam ser de um dos reféns, mas a identificação mostrou que o material não tinha relação com eles. O governo reafirmou que seguirá trabalhando para recuperar os corpos e garantir “um enterro digno”.
Depois da constatação do erro, o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina retomaram buscas na região de Beit Lahia, no norte de Gaza. Horas mais tarde, os grupos anunciaram que encontraram o corpo de um refém, que deve ser entregue a Israel às 17h (horário local).
Segundo a Jihad Islâmica, a entrega seguirá os protocolos do acordo em vigor. No entanto, fontes dos grupos afirmaram à AFP que apenas uma amostra do corpo será repassada, por meio da Cruz Vermelha.
O conflito começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando 251 pessoas foram sequestradas. Depois do cessar-fogo negociado pelos EUA, os militantes entregaram os últimos 20 reféns vivos e 26 dos 28 mortos.
Paralelamente, a agência israelense Cogat informou que a passagem de Rafah será reaberta nos próximos dias, apenas para permitir a saída de palestinos rumo ao Egito, com coordenação do governo egípcio, aprovação de Israel e supervisão da União Europeia.






