Nas últimas semanas, Maringá foi palco de mais um capítulo edificante no âmbito da política habitacional do Paraná: dezenas de famílias finalmente receberam as chaves de seus apartamentos por meio do programa Casa Fácil Paraná. A entrega simboliza não apenas um teto, mas a concretização de um projeto de vida antes adiado por falta de recursos. Trata-se de uma ação que une Estado, município e órgãos como a Cohapar e a Caixa Econômica Federal em torno de um propósito comum: garantir moradia digna a quem mais precisa.
O programa Casa Fácil atua sobretudo pela concessão de subsídios para a entrada de financiamentos habitacionais. Em Maringá, já foram aplicados recursos estaduais expressivos para facilitar esse momento decisivo da aquisição. Por meio dessa ação, famílias com renda mensal de até quatro salários mínimos — e que não possuíam imóvel — passaram a pleitear contratos mais acessíveis, com parcelas que em muitos casos ficam abaixo do valor de um aluguel.
A política não se destinou só à entrega pontual de imóveis. Desde 2019, o Casa Fácil Paraná já beneficiou mais de 110 mil famílias, e recentemente foram anunciadas novas modalidades para ampliar o escopo do programa, contemplando idosos, regularização fundiária, desfavelização e auxílio em áreas de risco. Em termos financeiros, o programa já movimentou mais de R$ 1,2 bilhão em subsídios estaduais e planeja investir mais R$ 1,5 bilhão para expandir o atendimento.
Para muitos beneficiários, a entrega das chaves é um momento de alívio e emoção. Em empreendimentos recentes de Maringá, dezenas de famílias foram contempladas com subsídios de até R$ 20 mil para reduzir o valor de entrada do imóvel. Esse apoio era justamente o que impedia a concretização desse sonho — para muitos, pagar a entrada seria inviável sem a ajuda estatal.
Mas o impacto vai além do individual. A economia local ganha fôlego: a construção civil é ativada, empregos são gerados, e o tecido social se fortalece. Projetos habitacionais bem localizados, com infraestrutura urbana, acessos e proximidades a serviços públicos, formam núcleos que transformam periferias em bairros com identidade e vida própria.
Agora, os olhos se voltam para os próximos passos. Como o programa vai dialogar com as realidades específicas das regiões mais vulneráveis? De que modo serão escolhidos os novos beneficiários — especialmente em áreas de risco ou favelas? E qual será a estratégia para garantir que essas entregas não apenas mudem residências, mas vidas?