O Brasil foi classificado como o quarto país mais estressado do mundo, segundo o relatório “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos. O dado reflete uma crescente preocupação com a saúde mental no país, onde 77% dos brasileiros reconhecem a importância de cuidar dessa área de suas vidas.
Esse aumento na conscientização sobre saúde mental se intensificou especialmente durante e após a pandemia de Covid-19, quando os desafios emocionais e psicológicos se tornaram mais visíveis e debatidos.
O estresse, conforme definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é um estado de preocupação ou tensão mental diante de situações adversas. No Brasil, essa condição tem se tornado cada vez mais comum, impulsionada por fatores como instabilidade econômica, insegurança, demandas profissionais e sociais.
A preocupação é ainda maior, pois há estudos que sugerem que o estresse pode ter um efeito “contagioso”, afetando outras pessoas ao redor, o que torna a promoção do bem-estar mental ainda mais relevante para a saúde pública.
O ambiente de trabalho é um dos principais fatores que contribuem para o estresse no Brasil, especialmente em um cenário de alta competitividade, longas jornadas e pressão por produtividade.
O estresse ocupacional pode resultar de metas irrealistas, falta de reconhecimento, excesso de responsabilidades e pouca autonomia nas decisões. No Brasil, a precariedade das condições de trabalho, aliada à insegurança sobre a estabilidade de emprego e à sobrecarga de funções, agrava esse quadro.