O Paraná deu um passo significativo nesta terça-feira ao entregar 1.544 fuzis das forças especiais de segurança estaduais, marco importante do maior contrato desse tipo já realizado pelo Estado. No total, serão 3.711 armas adquiridas, com o restante sendo entregue entre o segundo semestre de 2025 e início de 2026. O investimento do primeiro lote ultrapassa os R$ 15 milhões, com recursos oriundos de emendas parlamentares.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior frisou o caráter estratégico dessa medida. Segundo ele, os novos armamentos formam parte de um pacote mais amplo, que inclui viaturas, caminhonetes blindadas, helicópteros e equipamentos de alta tecnologia. A proposta, nas palavras do governador, é “fortalecer as equipes e garantir que possamos enfrentar o crime organizado com ainda mais eficiência”.
O secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, detalhou que as armas vão ser distribuídas entre unidades especializadas como o TIGRE, CIROCAM, BPRone, BPFron e outros grupos táticos, que lidam com operações de risco elevado. Os modelos adquiridos (ARAD‑7 calibre 7,62mm de origem israelense e CZ Bren 2 calibre 5,56mm da República Tcheca) são modernos e seguem padrões internacionais de qualidade, inclusive os da OTAN.
Há uma clara preocupação com a precisão, a durabilidade e o desempenho dos armamentos em situações adversas. Por exemplo, o modelo ARAD‑7 adota sistema de pistão de curso curto, redução de resíduos, o que diminui a necessidade de manutenção frequente — critério importante para operações prolongadas ou expostas a condições severas.
Além das armas, o pacote anunciado por Ratinho Junior envolve um investimento total superior a R$ 100 milhões, com helicópteros, viaturas de grande porte, equipamentos ópticos, miras térmicas, observáveis, sistemas de imagens e outras tecnologias voltadas para dar suporte às operações. O objetivo global é intensificar a presença física, aprimorar tecnologia e consolidar a inteligência policial como ferramenta de enfrentamento ao crime.
Os primeiros resultados já começam a aparecer nos números de segurança pública: no primeiro semestre de 2025, houve queda de 5,8% nos crimes contra patrimônio em comparação ao mesmo período de 2024; os roubos a banco também registram retração histórica, com apenas seis ocorrências no ano passado — queda bastante expressiva considerando anos anteriores.