Nesta quarta-feira (20), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping reforçaram os laços entre Brasil e China durante um encontro em Brasília, onde assinaram 37 acordos e memorandos de cooperação. Entre as áreas abrangidas pelos pactos, destaca-se o setor de tecnologia espacial, com uma parceria firmada entre a empresa SpaceSail, da China, e o Brasil. Essa colaboração é vista como um avanço estratégico, especialmente no contexto global, onde a SpaceSail rivaliza com a Starlink, de Elon Musk. Além disso, os acordos abrangem setores como agronegócio, infraestrutura, energia limpa e inovação tecnológica.
A China, que desde 2009 é o maior parceiro comercial do Brasil, desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico brasileiro, especialmente como principal destino das exportações de produtos agrícolas.
Desde o retorno de Lula à presidência, o fortalecimento dessa relação tem sido uma prioridade. A visita de Xi Jinping ao Brasil ocorre como um gesto de reciprocidade após a ida de Lula à China em março do ano passado. Essa troca de visitas demonstra o compromisso mútuo em intensificar o comércio e explorar novas oportunidades de cooperação.
Apesar de o Brasil depender mais economicamente da China do que o contrário, a relação é estratégica para ambas as nações. O Brasil é o maior fornecedor de alimentos para a população chinesa, um mercado gigantesco de bilhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, a China vê no Brasil um aliado importante para diversificar suas fontes de recursos naturais e agrícolas, além de consolidar parcerias em áreas de interesse estratégico, como energia e tecnologia sustentável.
A intensificação da parceria Brasil-China reforça a relevância das economias emergentes no cenário global. Os acordos assinados não apenas consolidam a posição do Brasil como um dos principais fornecedores de produtos para a China, mas também abrem novas possibilidades de colaboração em áreas de alta tecnologia.
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