A dança Fandango Caiçara é uma expressão cultural profundamente enraizada na história e nas tradições do litoral paranaense. Originada da mistura de influências indígenas, africanas e portuguesas, essa manifestação artística reflete o modo de vida das comunidades caiçaras que habitam a região.
Com passos ritmados e uso de tamancos de madeira, o fandango é mais do que uma dança, ele simboliza a união das famílias, a celebração de colheitas e festas religiosas, além de ser uma forma de preservar a identidade cultural de gerações. A música, tocada com viola, rabeca e adufes, cria uma atmosfera única que cativa e emociona tanto dançarinos quanto espectadores.
Ao longo dos anos, o Fandango Caiçara enfrentou desafios para sobreviver, como a urbanização e a transformação das comunidades tradicionais. No entanto, esforços de preservação cultural têm ajudado a manter essa tradição viva.
O fandango é praticado principalmente em cidades como Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba, onde é celebrado em festas locais, festivais culturais e encontros de comunidades caiçaras. Para os moradores da região, ele representa não apenas uma prática artística, mas também um meio de reforçar laços comunitários e transmitir ensinamentos sobre a vida no litoral paranaense.
Hoje, o Fandango Caiçara é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, uma conquista importante para a preservação da cultura caiçara. Esse reconhecimento fortaleceu as iniciativas de valorização e incentivo à dança, além de atrair o interesse de turistas e pesquisadores.
Como parte das ações de preservação, oficinas e apresentações são promovidas para as novas gerações, garantindo que o fandango continue a ecoar nas comunidades e a ser um símbolo da resistência e da identidade cultural do litoral paranaense.