A Austrália se prepara para adotar uma das leis mais rigorosas do mundo no que diz respeito ao acesso de menores às redes sociais, com uma proposta que impede o uso dessas plataformas por menores de 16 anos.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (7) pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, que justificou a medida como uma ação necessária para proteger os jovens da exposição a conteúdos prejudiciais e do impacto negativo das redes sociais na saúde mental.
Segundo a nova regulamentação, plataformas como Facebook, TikTok e Instagram terão a responsabilidade direta de verificar a idade de seus usuários e garantir que menores de 16 anos não tenham acesso a seus serviços.
Esse controle exigirá das empresas uma adaptação substancial em seus processos de verificação de identidade, buscando uma precisão que evite fraudes e permita que o bloqueio etário seja efetivo. Além disso, essas plataformas enfrentarão sanções financeiras severas caso descumpram a legislação, reforçando a postura do governo australiano em responsabilizar as empresas por práticas consideradas negligentes no cuidado com a saúde mental de adolescentes.
A decisão do governo australiano reflete uma tendência global de regulamentação mais rígida sobre o uso de redes sociais por jovens, apontando para uma possível influência em outras nações. Essa nova política é parte de uma estratégia mais ampla de Albanese para pressionar empresas de tecnologia a adotarem medidas de segurança mais robustas para os usuários.
O debate sobre o impacto das redes sociais nos jovens está cada vez mais presente no cenário internacional, e a ação da Austrália pode ser um importante precedente para legislações semelhantes em outros países, que buscam encontrar um equilíbrio entre inovação tecnológica e proteção dos direitos e bem-estar das gerações futuras.
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