O governo de Donald Trump anunciou nesta quarta‑feira (17) uma nova versão para o teste de cidadania americana, parte de uma série de medidas que buscam tornar o processo de naturalização mais rigoroso.
Entre as mudanças está o aumento do número total de perguntas possíveis no exame de educação cívica, que sobe de 100 para 128, mantendo o requisito de acertar 60% das questões (ou seja, 12 de 20 perguntas) para aprovação. O formato segue oral, sem múltipla escolha, e os temas reforçados envolvem história dos EUA, funcionamento do governo e comprometimento com o idioma inglês.
Segundo o USCIS (Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA), a mudança pretende garantir que novos cidadãos estejam melhor preparados para participar da vida política, social e cívica do país. O critério de “bom caráter moral” volta a ganhar peso, com análise de elementos como atuação comunitária, registro de emprego, obrigações fiscais e conduta pessoal.
Além disso, há uma revisão nos antecedentes e exigências para entrevistas, assim como retorno a alguns elementos de verificação social, como checagem com vizinhos ou colegas de trabalho, em casos considerados necessários. Essas medidas reforçam a busca por uma naturalização com maior “integridade”, nas palavras do governo.
Críticos apontam que essas mudanças podem tornar o percurso mais difícil para candidatos que enfrentam barreiras com o idioma, desconhecimento dos novos conteúdos adicionados e falta de recursos para estudar. Há preocupações de que isso possa desincentivar algumas pessoas ou criar desigualdades para quem vive em comunidades menos favorecidas. — embora o governo afirme que mantém o compromisso de apoio institucional a todos os candidatos.
Se implementadas na íntegra, as novas regras devem impactar quem solicita cidadania a partir da publicação oficial do regulamento no Registro Federal. Será acompanhada de perto por organizações de imigrantes, advogados de migração e entidades civis, especialmente quanto ao equilíbrio entre rigor e justiça.