O Primeiro Comando da Capital (PCC) expandiu sua influência na zona leste de São Paulo, estabelecendo-se no Edifício Figueira Altos do Tatuapé, o prédio residencial mais alto da cidade. Desde 2021, o edifício de 50 andares e 168 metros de altura abriga atividades ilícitas da facção. Recentemente, a polícia apreendeu em um dos apartamentos do prédio dois fuzis, uma submetralhadora, cinco pistolas e um revólver. Essa operação evidenciou a profundidade da infiltração do PCC na área mais rica do Tatuapé, uma transformação preocupante da região em uma base de luxo para criminosos.
O Tatuapé, uma área tradicionalmente valorizada, agora se destaca como um centro para atividades ilícitas com investimentos significativos, incluindo apartamentos e postos de gasolina, parte de um patrimônio de R$ 730 milhões bloqueado pela Justiça Federal. A crescente presença do PCC na região, que inclui helicópteros e iates entre os bens confiscados, reflete uma mudança na dinâmica do crime organizado, que busca novas formas de legitimar e expandir suas operações.
O avanço do PCC no Tatuapé levanta preocupações sobre a segurança e a eficácia das medidas de combate ao crime organizado. A infiltração em áreas de alto valor e a aquisição de bens luxuosos demonstram uma nova fase de sofisticação nas atividades da facção, desafiando as autoridades e exigindo uma resposta mais robusta para conter essa expansão criminosa.
Bruna Campestre