A mais recente pesquisa Genial/Quaest trouxe um novo ingrediente ao tabuleiro político do Paraná: Sergio Moro aparece na liderança na disputa para o governo estadual em 2026. O ex-juiz e ex-ministro da Justiça surge à frente de nomes tradicionais da política paranaense, reforçando o peso de sua trajetória nacional na disputa regional.
Moro, que construiu notoriedade à frente da Operação Lava Jato e posteriormente como ministro do governo Bolsonaro, desponta como figura capaz de capitalizar tanto sua imagem de combate à corrupção quanto sua experiência em Brasília. Segundo o levantamento, ele mantém vantagem significativa sobre possíveis adversários, embora ainda haja um percentual considerável de eleitores indecisos.
A presença de Moro na dianteira abre espaço para discussões sobre alianças e estratégias partidárias. Seu nome é visto como trunfo eleitoral, mas também como risco, já que carrega índices elevados de rejeição, sobretudo entre eleitores críticos à Lava Jato ou à sua passagem pelo governo federal. Essa dualidade pode se tornar decisiva no decorrer da campanha.
No campo dos adversários, lideranças regionais avaliam alternativas para enfrentar a força inicial do ex-juiz. A aposta em candidaturas consolidadas, capazes de dialogar com diferentes segmentos do eleitorado, será fundamental para reduzir a distância apontada pela pesquisa. Além disso, a disputa deve ser marcada pelo contraste entre perfis mais tradicionais e o caráter de outsider que Moro ainda busca sustentar.
Outro ponto relevante é a influência do cenário nacional nas eleições estaduais. A polarização que dominou o país nos últimos anos tende a refletir no Paraná, colocando em pauta não apenas temas locais, mas também debates ligados à economia, segurança pública e à própria relação do estado com o governo federal.
Com a pesquisa, o Paraná se projeta como palco de uma das disputas mais observadas de 2026. A liderança de Sergio Moro neste momento reforça seu potencial de protagonismo, mas também sinaliza os desafios que terá para consolidar uma candidatura viável em meio a resistências, alianças frágeis e o peso da sua trajetória política recente.